| 07/02/2006 15h12min
Jovens pediram hoje à ONU, em Sanaa, capital do Iêmen, que a organização crie uma legislação que penalize ofensas de cunho religioso, como as charges contra o profeta Maomé publicadas na Dinamarca e em outros países europeus. O pedido foi feito em uma mensagem dirigida ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, após manifestação organizada pela União Geral dos Jovens do Iêmen e que teve como cenário as principais avenidas da capital.
Na carta, os manifestantes solicitaram à organização internacional que "assuma sua responsabilidade com a adoção de medidas que punam este tipo de ações, devido à grande ameaça que representam para a paz e para a segurança mundial". A União Geral dos Jovens advertiu, na carta, que as ofensas contra as diversas religiões "podem contribuir para a criação de novos focos de conflitos entre os povos e as civilizações".
A organização juvenil disse ser contrária a tudo que apresente obstáculos aos esforços internacionais que têm como objetivo garantir o diálogo entre as civilizações, os princípios da tolerância e a convivência entre os diversos povos do mundo. A manifestação estudantil ocorreu três dias depois de dezenas de comerciantes iemenitas terem queimado mercadorias dinamarquesas nas ruas da capital, em resposta ao boicote aos produtos do país nórdico exigido pela União Internacional dos Ulemás.
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