| 30/01/2006 13h52min
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) em janeiro - de 0,92% - foi a maior desde agosto de 2004, quando o índice havia subido 1,22%. Os aumentos dos preços do álcool e, por tabela, da gasolina foram os principais responsáveis pela elevação do IGP-M, que em dezembro tinha apresentado queda de 0,01%.
De acordo com o o coordenador de Análises de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, o índice de janeiro é compatível com a realidade da inflação anual brasileira, em torno de 5%. Os combustíveis tiveram aumentos elevados tanto no atacado quanto no varejo, contribuindo com cerca de 30% de toda a elevação do índice.
– Não vivemos num país de inflação zero. A inflação brasileira é da ordem de 5% – resumiu Quadros, para justificar o salto do índice.
Segundo ele, da mesma forma que a seqüência de índices negativos verificada no ano passado não representava a realidade da inflação no país, a alta de janeiro não reflete um novo patamar de preços.
Apesar de o IGP-M ter dado um salto de um mês para o outro, na opinião dele, a subida foi ocasional e localizada, tendendo a não se repetir nos próximos meses.
Os preços subiram mais no atacado, com destaque para as commodities agrícolas, como soja e café em grão, alguns minerais metálicos e alimentos processados. Aparentemente, houve ainda um movimento de recomposição dos preços dos produtos de higiene, cuja elevação no atacado parece já estar sendo repassada ao varejo. Já entre os preços ao consumidor, além dos combustíveis, os destaques foram as mensalidades escolares.
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