A manhã de segunda foi de notícias essencialmente positivas no mercado financeiro. O dólar encerrou o período em baixa de 0,72%, cotado a R$ 2,199 na compra e R$ 2,201 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou a manhã praticamente estável, em baixa de 0,08%, aos 37.793 pontos.

O dia começou com o anúncio do Tesouro Nacional de que concedeu mandato a bancos para promoverem a colocação de bônus internacionais, denominados em euros. Os papéis terão vencimento em 2015. A estimativa do mercado é de que a operação seja equivalente a pelo menos US$ 500 milhões.

Os números sobre superávit primário de 2005 e balança comercial de janeiro também vieram bons. O governo conseguiu economizar US$ 93,5 bilhões no ano passado, o que corresponde a 4,84% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O número ficou acima do esperado e foi o melhor desde 1994. A balança comercial teve superávit de US$ 817 milhões na quarta semana de janeiro, acumulando US$ 2,566 bilhões no mês.

Outro destaque do início do dia foi a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central. O boletim é resultado de uma pesquisa semanal do Banco Central feita junto a cem instituições financeiras. A última edição, os analistas reduziram levemente a projeção para o IPCA deste ano, de 4,61% para 4,60% ao ano. A taxa Selic teve a previsão mantida em 15% ao ano no final de 2006.

No rol das notícias não tão boas ficou a inflação medida pelo IGP-M de janeiro. A taxa saltou de uma deflação de 0,01% em dezembro para uma alta de 0,92% este mês. A inflação, no entanto, ficou pouco acima das previsões, que eram de 0,89%. No mercado futuro de juros, as projeções da taxa Selic operam em baixa.

Na Bovespa, o desempenho mais fraco é minimizado pelos analistas, já que o ingresso de recursos externos continuam firmes. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas são de Tim Participações ON (-3,21%) e Telemar ON (-2,71%). As altas mais significativas do índice são de Usiminas PNA (+4,19%) e CSN ON (+3,98%).

AGÊNCIA O GLOBO