Quando o cinto aperta, e a calculadora aponta a necessidade urgente de reparos no orçamento familiar, as vítimas do arrocho podem ser os bichinhos de estimação. Apesar de serem considerados por muitos donos como filhos, sobra para cães e gatos o sacrifício de comer uma ração mais barata, experimentar remédios alternativos, dar adeus ao banho em clínimas e mesmo ficar sem atendimento de saúde.

Pensando no bem-estar dos amigos peludos, integrantes da Cooperativa de Médicos Veterinários (Unimev) de Pelotas criaram há seis anos um plano de saúde animal voltado a cães e gatos. O negócio deu certo, e hoje comemoram o resultado da iniciativa, que já conta com adeptos na vizinha Rio Grande.

– A renda das pessoas caiu, foi uma maneira que encontramos de não deixar os clientes se afastarem – justifica o presidente da Unimev em Pelotas, Roberto Ladeira.

São nove clínicas cooperadas em Pelotas, e outras duas em Rio Grande. O projeto é simples, similar aos que circulam na medicina para humanos. Com três módulos de pagamentos, o cliente faz a adesão do bichinho de estimação ao plano e conta com um número determinado de consultas e vacinas anuais, sem carência. É só procurar um dos veterinários indicados.

Somadas Pelotas e Rio Grande, o plano de saúde animal da Unimev têm 2,4 mil clientes e mais de 6 mil cães e gatos atendidos. No futuro, a idéia é estender o modelo a qualquer tipo de animal, independente do porte.

Em Porto Alegre, há três meses existe um empreendimento similar. É o Animed – Plano de Saúde Animal. Com nove clínicas credenciadas na Capital, e uma em Capão da Canoa, o serviço já conta com 107 clientes.

– Conseguimos reverter principalmente uma queda que chegava a 30% no volume de atendimentos, além de combater a inadimplência e formar uma clientela fiel – explica o empresário Munir Raad, criador do Animed.

Conforme Raad, uma pesquisa entre os clientes aponta índice de satisfação de 98%. Clínicas particulares de Porto Alegre promovem planos de saúde animal próprios, e a Unimev começa a implantar o serviço em Santana do Livramento.

ZERO HORA