O governador Luiz Henrique e sua comitiva não conseguiram nesta terça, em Moscou, uma audiência com o governo russo para negociar o fim do embargo à carne de Santa Catarina.

A reunião, anunciada pelo governo catarinense, com o vice-ministro e diretor do serviço federal de supervisão veterinária e fitossanitária da Rússia, Eugueny Neplokonov, não aconteceu.

O problema é que o governo russo voltou ao trabalho somente nessa segunda-feira, após as festas de final de ano. Na Rússia, há dois calendários festivos: o tradicional cristão e o da Igreja Ortodoxa. Até a noite desta terça, não havia encontro confirmado.

A pedido do governador Luiz Henrique, a embaixada do Brasil na Rússia tenta marcar uma audiência com as autoridades sanitárias russas. Na opinião do embaixador do Brasil em Moscou, Carlos Augusto Rego Santos, o embargo imposto pela Rússia na compra da carne suína produzida em SC pode durar seis meses. Durante reunião com a comitiva catarinense, ele afirmou que o governo russo pode reduzir a punição ao Estado.

O acordo comercial Brasil-Rússia prevê dois anos de suspensão da venda para o estado com foco de febre aftosa e um ano para o estado vizinho. Como foi registrada a doença no Paraná, Santa Catarina sofreria embargo por um ano. Mas devido ao seu histórico de imunização poderia receber tratamento diferenciado, avalia o embaixador. A suspensão da compra foi no dia 13 de dezembro de 2005.

RENATO IGOR/DIÁRIO CATARINENSE