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 | 17/01/2006 09h03min

Preço do barril da Opep sobe US$ 0,55, para US$ 57,71

Cotação segue influenciada por fatores geopolíticos, como a crise entre do Irã

O preço do barril de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) foi cotado na segunda a US$ 57,71, US$ 0,55 a mais que no dia anterior, informou hoje em Viena o secretariado da organização petrolífera.

A cotação do petróleo segue influenciada por fatores geopolíticos, como a crise entre o Irã e a comunidade internacional por causa do programa nuclear de Teerã, assim como a situação de instabilidade na Nigéria, onde um grupo rebelde atacou instalações da companhia petrolífera Shell.

Ambos os países pertencem à Opep e os mercados estão inquietos devido à capacidade de produção de excedentes do cartel se encontrar em um nível muito baixo, entre 1,5 milhão e 2 milhões de barris diários, para fazer frente a um corte de provisões e a outras contingências.

Isto também afeta a cotação do petróleo tipo Brent, de referência na Europa, que aumentou seu valor em US$ 0,67, para US$ 62,93, enquanto o Petróleo Intermediário do Texas (WTI) não foi cotado na segunda-feira em Nova York por ser feriado nos Estados Unidos.

A empresa de consultoria de energia PVM assinala em seu boletim de hoje que a companhia anglo-holandesa Shell está pensando em retirar-se do Delta do Níger, na Nigéria, o maior produtor da África, com um bombeamento estimado de 2,6 milhões de barris diários, onde as instalações da empresa européia produzem 380 mil barris por dia.

Por outro lado, uma possível alteração nas provisões de petróleo, se forem impostas sanções ao Irã, um dos principais produtores do mundo, inquieta os mercados, uma vez que é provável que o litígio seja levado ao Conselho de Segurança.

A esses elementos se acrescenta o fato de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter revisado hoje para cima a demanda mundial de petróleo para este ano, que aumentará 2,2% devido ao crescimento do consumo na China e nos Estados Unidos.

Em seu relatório mensal publicado hoje, a AIE estimou que o consumo médio deste ano será de 85,1 milhões de barris diários, com um pico no quarto trimestre de 86,9 milhões, que vai requerer uma contribuição dos membros da Opep superior à calculada em dezembro.

Os autores do documento estimam que a Opep deveria pôr no mercado uma média de 28,6 milhões de barris de petróleo neste ano, o que representa 200 mil barris diários a mais que em 2005.

AGÊNCIA EFE

 
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