O técnico da seleção da Inglaterra Sven-Goran Eriksson foi alvo de uma pegadinha do tablóide inglês News of the World. Disfarçado de xeique árabe, um jornalista da publicação ofereceu um contrato milionário para que o treinador sueco deixasse a seleção inglesa após a Copa do Mundo da Alemanha, que começa em junho.

A brincadeira foi muito bem armada, com direito a jantares regados a champanhe de 900 libras (R$ 4 mil), encontros em hotéis luxuosos de Dubai, nos Emirados Árabes, e passeios de iate pelo Golfo Pérsico. O dirigente impostor chegou a acertar um contrato de 5 milhões de libras (R$ 22,5 milhões) por ano com o treinador.

Nas conversas gravadas, Eriksson afirma que os jogadores David Beckham, do Real Madrid, e Michael Owen, do Newcastle, estariam infelizes em seus clubes e lhe acompanhariam na empreitada mediante um pedido pessoal. O treinador também sugeriu ao falso xeique a compra do Aston Villa, clube inglês em dificuldades financeiras e cujo presidente é “um homem velho e doente”, nas palavras do sueco.

De acordo com os jornais Guardian e The Independent, a Federação Inglesa de Futebol (FA) não cogita punir Eriksson pelo episódio, pois considera que é direito dele negociar o seu futuro. A prorrogação de contrato com o treinador até 2008, no entanto, será repensada. Depois de se desculpar com todas as pessoas citadas nas conversas, Eriksson emitiu um comunicado.

– Quero assegurar aos tocedores que estou 100% comprometido com meu cargo atual – escreveu. – Falei com todos os jogadores citados nas gravações e fiquei feliz com as reações deles. Estou confiante que nossa relação não foi abalada – acrescentou.

Esta não é a primeira vez que o treinador de 57 anos vai parar nas páginas dos tablóides. Eriksson é freqüentador assíduo das colunas de fofocas por seus casos com uma apresentadora de TV e com uma secretária da federação inglesa. Também não é primeira vez que o repórter Mazher Mahmood faz uma pegadinha. Membros da realeza, políticos e celebridades já foram suas vítimas.