| 12/01/2006 16h01min
Para encerrar o ano dentro da previsão de ter 65 mil hectares de terras no Rio Grande do Sul, a sueco-finlandesa Stora Enso precisará adquirir mais 29 mil hectares no Rio Grande do Sul nos próximos 11 meses.
Sem conseguir fechar a meta de comprar 50 mil hectares de terras no Estado até dezembro de 2005, a companhia encerrou o ano passado com 36 mil hectares. Hoje, sete técnicos da empresa – entre os quais finlandeses e suecos – vão visitar a região onde o grupo já tem terras e depois retornam à Europa.
Na próxima semana a gigante da celulose abre seus primeiros escritórios no Estado. É em Porto Alegre que se localizará a sede da empresa no país, e outra unidade administrativa será inaugurada em Rosário do Sul. Atualmente a companhia finaliza a transferência da sede da Derflin Agropecuária Ltda de São Paulo para a capital gaúcha, afirmou o diretor florestal da empresa para a América Latina, o paranaense João Borges, em visita ao Palácio Piratini.
Foi por falta de pessoal suficiente para atender à demanda de análises e avaliações às aquisições, segundo Borges, que a Stora não terminou a compra dos 50 mil hectares pretendidos. Segundo uma fonte do mercado, que prefere não se identificar, a empresa estaria com dificuldades para efetivar a compra por ser uma estrangeira adquirindo áreas na fronteira:
– Até o processo ser autorizado pelo Conselho de Defesa Nacional, pode levar dois anos.
Em média, o valor pago por hectare tem ficado entre R$ 2,5 mil e R$ 3,5 mil, semelhante ao registrado nas aquisições da empresa na Bahia, onde também atua. Com uma equipe de seis pessoas no Estado, a indústria de celulose deve contratar 25 funcionários nos próximos meses.
Nesta quinta outra empresa do setor – Aracruz – inaugura a ampliação de sua planta em Guaíba. A Aracruz e a Stora Enso são parceiras na Bahia, no projeto Veracel, que começou a operar no ano passado.
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