| 06/01/2006 16h42min
O governo vai tentar fazer um acordo com os usineiros para reduzir o preço do litro álcool anidro (que é misturado à gasolina) vendido às distribuidoras, que atualmente está em R$ 1,09, para R$ 1. Segundo o secretário-executivo do ministério de Minas e Energia, este acordo já teria sido feito em 2003, com o objetivo de impedir uma alta maior dos preços do álcool durante a entressafra.
– Vamos tentar manter o acordo que já existia desde 2003. Se não houver acordo, uma opção seria a redução do percentual de álcool na gasolina – afirmou Hubner, que participou nesta sexta de reunião com representantes do Ministério da Agricultura e da Fazenda.
Alguns técnicos, porém, acreditam que seria difícil manter o mesmo teto de 2003 por causa da inflação no período. Se for considerado o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) no período, o teto de R$ 1, em 2003, equivaleria a R$ 1,22, segundo esses técnicos.
Até a semana que vem, os técnicos do ministério da Fazenda vão calcular qual teria de ser a redução da Cide (tributo cobrado na venda de gasolina) para que não houvesse aumento do preço da gasolina, caso haja redução do percentual de álcool no combustível dos atuais 25% para 20%.
A redução do tributo seria necessária para não causar novos aumentos porque o álcool anidro é mais barato do que a gasolina A (que é misturada ao álcool para formar a gasolina C, vendida nos postos).
Na quarta, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, deverá ter reunião com os usineiros para discutir a questão.
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