Num ano de forte valorização do real, a inflação pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou 2005 com alta de 1,22%, a menor taxa desde que começou a ser calculada, em 1944. Em 2004, o IGP-DI, que corrige atualmente os contratos de telefonia, havia subido 12,1%.

Em dezembro, o índice avançou 0,07%, bem abaixo da taxa de 0,33% de novembro. Analistas de mercados ouvidos na pesquisa semanal do Banco Central (BC) esperavam que a taxa ficasse em 1,16% no ano e tivesse variação zero em dezembro.

No mês passado houve deflação (queda geral de preços) no atacado, que tem um peso maior na taxa. Para o consumidor, os preços subiram, mas com menos força, na comparação com novembro. Os preços no atacado fecharam 2005 com queda de 0,97%.

O Índice de Preços por Atacado (IPA), que compõe 60% da taxa geral, saiu de uma variação positiva de 0,24%, em novembro, para - 0,14%, em dezembro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), caiu de 0,57% para 0,46%. Em sentido inverso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou de 0,28%, em novembro, para 0,37%, em dezembro.

No atacado, os preços agrícolas tiveram alta de 0,61% em dezembro (em novembro a taxa fora de 0,24%). Em todo o ano, o IPA agrícola acumulou queda de 6,34%. Já os preços industriais tiveram queda de 0,37% em dezembro frente à alta de 0,13% em novembro, to, acumulando em 2005 variação positiva de 0,85%.

O levantamento é realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).