A produção brasileira de cana-de-açúcar em 2005/2006 fechou em 436,8 milhões de toneladas, segundo o último levantamento oficial realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar da Conab estimar uma produção maior – de 440 milhões de toneladas no segundo levantamento – o resultado já é considerado o melhor da história. Comparando os números com os dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apurou uma produção de 415,5 milhões de toneladas, o resultado é 5,1% maior. Segundo os técnicos da Conab, o desempenho se deve à implantação de novas usinas para atender à demanda de açúcar e de álcool.

Segundo o estudo, realizado na primeira quinzena de agosto, quando foram entrevistados 485 representantes de usinas de açúcar, destilarias de álcool e associações de produtores, a queda na produção em relação ao primeiro levantamento da Conab (que previa uma produção de 450,2 milhões de toneladas) se deve à estiagem nos principais Estados produtores, especialmente no nordeste do país.

Do total levantado, 394,4 milhões de toneladas serão destinados à indústria sucroalcooleira, sendo 216 milhões de toneladas para a fabricação de açúcar, que deve gerar 26,7 milhões de toneladas do produto. Já para a industrialização total de álcool (hidratado, anidro e neutro) serão destinados 178,4 milhões de toneladas, que vão gerar 17 bilhões de litros. O restante, 42,4 milhões de toneladas, será destinado à fabricação de produtos como cachaça, rapadura, ração animal e sementes para plantio.

Ainda de acordo com o levantamento, a área plantada de cana-de-açúcar também aumentou, passando de 5,6 milhões de hectares na safra passada para 5,9 milhões de hectares nesta safra. O centro-sul do país é responsável por 85,7% da produção nacional. O Estado de São Paulo é o maior produtor, com 265,5 milhões de toneladas (60,8%). Já as regiões Norte e Nordeste respondem por 14,3% da produção brasileira.