O juro ficou mais caro para o consumidor em 2005. Um levantamento feito pelo Procon-SP mostra que a taxa média do empréstimo pessoal, que em janeiro era de 5,22% ao mês, terminou dezembro em 5,44% - uma alta de 4,21%, ou 0,22 ponto percentual. No cheque especial, a taxa passou de 8,1% em janeiro para 8,31% ao mês em dezembro - um aumento de 2,59%, ou 0,21 ponto percentual.

Se comparado o juro médio mensal de 2005 com o de 2004, a alta foi de 0,10 ponto percentual no empréstimo pessoal, cuja taxa média do ano passou de 5,29% para 5,39%. No cheque especial, a alta foi de 0,23 ponto percentual na mesma base de comparação, com a taxa média do ano passando de 8,02% em 2004 para 8,25% ao mês.

No empréstimo pessoal, o pico de alta ocorreu em setembro passado, quando a taxa média foi de 5,46% ao mês. O banco que apresentou a maior taxa média anual da modalidade foi o Itaú, com 5,87% ao mês. A menor taxa foi a cobrada pela Nossa Caixa, de 4,19% ao mês. Isso significa que a variação entre a maior e a menor taxa do mercado chegou a 40,1%, com uma diferença de 1,68 ponto percentual.

Setembro e outubro foram os meses de pico no cheque especial, quando a taxa média alcançou 8,32%. Foi também o Itaú que apresentou a maior taxa média anual no cheque especial, com 8,47% ao mês. A menor taxa média foi a da Caixa Econômica Federal, com 7,84% mensais. A variação entre a maior e a menor taxa foi de 8,04% e a diferença ficou em 0,63 ponto percentual.

O Procon-SP observa que a trajetória dos juros do empréstimo pessoal foi de alta a partir de março, só interrompida neste último trimestre. No cheque especial, os aumentos ocorreram o ano todo e só em novembro teve uma pequena redução, de apenas 0,01 ponto percentual.

As reduções da taxa Selic feitas pelo Banco Central de setembro até agora, de 19,75% para 18% ao ano, praticamente não tiveram reflexo nas taxas dos 10 bancos pesquisados pelo Procon-SP. As instituições são HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Banco Real e Unibanco.

AGÊNCIA O GLOBO