| 23/12/2005 16h58min
Parlamentares e assessores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos irão acompanhar na próxima terça, a partir das 10h, na sede da Polícia Federal em Brasília, o depoimento de Fernando Antonio de Castro Cardoso, atual presidente da multinacional Gtech do Brasil. A empresa presta desde 1997 serviços à Caixa Econômica Federal (CEF) no setor de loterias, incluindo processamento da apuração dos ganhadores, rateio e repasse de prêmios.
Em recente entrevista, Fernando Cardoso declarou que o advogado Rogério Tadeu Buratti foi o "grande intermediador" para que a renovação do polêmico contrato entre a multinacional e a Caixa fosse assinado em abril de 2003. A renovação, pelo período de 25 meses, foi fixada em R$ 650 milhões.
Buratti – ex-assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci na época em que era prefeito de Ribeirão Preto (SP) – chegou a ser acusado pelo ex-diretor de marketing da Gtech Marcelo Rovai de ter cobrado propina de R$ 6 milhões, como garantia para que o contato fosse renovado. Em depoimento à CPI dos Bingos, Rovai garantiu que Buratti tentou extorquir a empresa a mando de Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República. Buratti negou as acusações.
Na quarta, no mesmo horário, a assessoria da CPI retorna às dependências da Polícia Federal para também acompanhar o depoimento de José Lindoso Albuquerque Filho, ex-diretor comercial da CEF. Os requerimentos para que a assessoria da CPI comparecesse à PF são de autoria do relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
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