Bastou o Banco Central sinalizar uma redução nas compras para o dólar parar de subir. Depois de nove dias consecutivos de alta, a moeda norte-americana interrompeu o movimento e fechou a manhã em queda de 1,30%, a R$ 2,349 na compra e R$ 2,351 na venda. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não teve fôlego para se recuperar e encerrou o período em baixa de 0,32%, aos 32.901 pontos.

O dólar subiu 9,4% nos últimos nove dias, refletindo os ajustes das tesourarias bancárias diante das agressivas compras de recursos feitas pelo Banco Central. Além das compras de dólares à vista, o BC vem promovendo a compra de dólares no mercado de derivativos, por meio de leilões de contratos de swap reverso.

A reversão da tendência aconteceu porque o BC ofertou menos swaps nesta terça. Foram 8.300, que correspondem a cerca de US$ 400 milhões. Nos últimos dias, as ofertas eram de 12.500 contratos, representando US$ 600 milhões.

Os destaques da manhã ficaram por conta dos índices de inflação nacionais e de um americano. O IGP-M mostrou deflação de 0,06% na segunda prévia de dezembro e o IPC-Fipe, inflação de 0,18%. As taxas foram bem recebidas às vésperas da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor teve deflação de 0,07%, a maior desde 2003.

A Bovespa chegou a subir no início dos negócios, mas perdeu fôlego em seguida. As bolsas americanas tiveram desempenho fraco e não colaboraram. Segundo Nicolas Balafas, consultor de investimentos da Planner Corretora, afirma que a bolsa continua a passar por uma realização de lucros.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores baixas são de Brasil Telecom Participações ON (-5,05%) e Brasil Telecom PN (-4,48%). As altas mais significativas do índice foram de Eletropaulo PN (+1,95%) e Net PN (+1,90%).

AGÊNCIA O GLOBO