| 18/12/2005 18h25min
Com o objetivo de evitar a entrada e expansão de doenças como a Influenza, conhecida como gripe do frango, o Brasil irá adotar, a partir de janeiro de 2006, o Plano de Regionalização da Avicultura.
A proposta é reduzir o risco de ocorrência de doenças e, caso elas ocorram, restringir seu impacto a um Estado ou região.
Para a coordenadora estadual de avicultura da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) Luciane Surdi, sem a regionalização a ocorrência de um foco de Influenza na Bahia, por exemplo, fecharia todas as exportações de carnes do Brasil.
O País é o maior exportador de frango no mundo. De janeiro a novembro deste ano o lucro no setor foi de US$ 3,15 bilhões.
A adoção de medidas que restringem o trânsito de aves e resíduos da produção entre Estados é uma proposição conjunta entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a União Brasileira de Avicultura.
Para se adequar à legislação, agroindústrias catarinenses com integrados em outros Estados estão procurando formas para abater os animais em plantas fora de Santa Catarina.
Um dos problemas ocorre com as matrizes que são descartadas. Mesmo depois de fugirem ao tamanho padrão para abate, pelo fato de o serviço ocupar o dobro do tempo que o de frangos menores, elas eram vendidas para outros Estados.
A Avepar de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, por exemplo, está implantando um frigorífico em Abelardo Luz para atender a nova demanda. A planta, orçada em R$ 65 milhões, vai abater frango comercial e também matrizes.
O diretor da Avepar Celso Mattiolo disse que a iniciativa partiu de uma necessidade da própria empresa, que detém 5% das 600 mil matrizes alojadas por mês.
Com o serviço para agroindústrias a estimativa é de abater 180 a 200 mil matrizes por mês. Aliando, no entanto, a produção de corte. A meta, nesse caso, é de 2,5 milhões de aves por mês.
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