A Secretaria de Agricultura do Estado está preparando um documento sobre as condições sanitárias de Santa Catarina para enviar ao governo russo, na tentativa de reverter o embargo à carne catarinense.

O documento vai mostrar que há 14 anos não há focos de Febre Aftosa no Estado e há cinco anos não ocorre vacinação. Além disso, a secretaria também vai mostrar o trabalho feito nas 41 barreiras sanitárias na fronteira com a Argentina e divisas com Rio Grande do Sul e Paraná.

A partir desta terça-feira, dia 13, passa a valer o embargo russo à carne de 10 estados brasileiros – Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Pará e Amazonas. Até então, apenas os três primeiros tinham seus produtos embargados.

A suspensão da importação não foi repassada oficialmente ao governo de Santa Catarina, mas o secretário de Agricultura, Moacir Sopelsa, revelou que a decisão foi comunicada ao embaixador brasileiro em Moscou e confirmada pela Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne.

Santa Catarina produz 700 mil toneladas de carne suína por ano, sendo que 370 mil toneladas são exportadas e, desse total, 70% vão para a Rússia.