| 08/03/2002 08h39min
A cúpula do PMDB ligada ao governo Fernando Henrique Cardoso realiza uma pré-convenção hoje em Brasília para tentar acabar com a prévia presidencial, marcada para o dia 17. Para se aliar a outro partido, preferencialmente o PSDB do candidato José Serra, os governistas deverão cancelar a prévia ou ratificar a regra que facilita o esvaziamento da disputa para torná-la inválida. O presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), não admite a intenção de cancelar a prévia, mas a cúpula trabalha com afinco nos bastidores para suspendê-la.
Se isso não for possível, a saída será revalidar a regra que exige 50% mais um dos cerca de 16 mil presentes para que a prévia tenha efeito legal. Atualmente, o partido está dividido entre governistas e dissidentes, que realizaram uma pré-convenção em São Paulo no domingo e reiteraram a posição de ter candidato. Os oposicionistas alteraram o quórum mínimo de votação, de 50% para 20% dos quase 16 mil votantes e decidiram que o nome escolhido na disputa será homologado na convenção, em junho.
– Não valeu aquele encontro de São Paulo – diz Temer.
Estão inscritos o senador Pedro Simon, o governador Itamar Franco (MG) e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann. É inevitável uma disputa judicial entre as duas facções em torno do processo de escolha interna. Se não emplacarem candidato próprio, os oposicionistas tentarão barrar a aliança com o PSDB na Justiça. A maioria dos governistas deseja Serra, mas há uma ala que defende a aliança com Roseana Sarney, governadora do Maranhão e candidata do PFL à Presidência.
Para a direção do PMDB, ainda que o Tribunal Superior Eleitoral flexibilize a padronização das coligações, abrindo a possibilidade de o partido que não tiver candidato a presidente poder celebrar alianças livremente nos Estados, a tendência é fechar uma aliança na disputa pelo Planalto
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