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 | 07/03/2002 14h07min

PFL divulga nota para oficializar rompimento com governo FH

O PFL divulgou uma nota oficializando o rompimento com a base de apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso no início da tarde desta quinta-feira, dia 7 de março. O texto assinado pelo presidente do partido, Jorge Bornhausen (foto), destaca a governadora do Maranhão e pré-candidata à Presidência da República, Roseana Sarney, como vítima da ação policial no escritório da empresa Lunus, de sua propriedade.

Para o PFL, não houve pronta apuração dos abusos e ilegalidades, o que levou o partido a concluir não haver mais sustentação para a aliança com o governo.

Leia a íntegra da nota:

No início de 1994 o deputado Luís Eduardo Magalhães e o senador Marco Maciel e o presidente nacional do PFL Jorge Bornhausen procuraram, em nome do Partido da Frente Liberal, o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso para oferecer-lhe, antes mesmo do seu próprio partido, o apoio para disputar a Presidência da República.

Desde então, em duas eleições sucessivas e durante mais de sete anos de administração, o PFL deu ao governo do presidente Fernando Henrique o mais completo e irrestrito apoio político e parlamentar.

Estamos certos de que tivemos participação decisiva na transformação do Brasil. Desempenhamos um papel fundamental pela solidez e constância de nossa ação parlamentar nos períodos das grandes mudanças constitucionais.

Ao aproximar-se a sucessão presidencial, o partido considera que é seu dever lutar pela preservação das conquistas que já alcançamos e pela continuidade do esforço de ajustar a economia e o Estado brasileiro às realidades de um mundo em transformação, que exigem a máxima prioridade ao combate à pobreza e à diminuição das desigualdades.

Para isso sempre estivemos dispostos, com humildade nem sempre compreendida, a participar de alianças em torno de uma candidatura que fosse eleitoralmente viável. Para tanto, o nosso partido propôs a realização de primárias ou prévias conjuntas, com a participação de pré-candidatos de todos os partidos aliados, oportunidade que mais uma vez os unisse na disputa eleitoral.

Coerentes com isso, propusemos a pré-candidatura da governadora Roseana Sarney, na esperança de que suas qualidades pessoais e políticas sensibilizassem o eleitor brasileiro e em torno dela pudéssemos reeditar a atual aliança partidária.

Apesar da candidatura da governadora sinalizar uma hipótese efetiva de vitória eleitoral das forças da aliança, ela não mereceu o apoio da maioria dos dirigentes do PSDB, sequer para o estabelecimento de um critério de escolha de futuro. A parceria leal que sempre oferecemos não nos obriga a apoiar um candidato, só porque do partido do presidente da República.

Nossa candidata foi agora vítima de insólita violência, com claras consequências políticas, agora com o intuito de fragilizá-la e até mesmos afasta-la da disputa.

O PFL considera que nos exageros e arbitrariedades da ação policial, de que foi vítima nossa candidata à Presidência da República, e na iniquidade dos vazamentos à imprensa, não houve a indispensável e pronta apuração dos abusos e ilegalidades por parte do Ministro da Justiça. Desejamos, como a governadora Roseana Sarney, a apuração completa e transparente de tudo.

Diante disso, concluímos que as razões políticas que sustentavam nossa aliança desapareceram, e que nossa presença no governo não mais se justifica.

Manifestamos nosso irrestrito e incondicional apoio à governadora Roseana Sarney e à sua candidatura à Presidência da República, que a cada momento mais se identifica com o sentimento popular.

À nação queremos reafirmar que continuaremos no Congresso Nacional a apoiar todas as medidas legislativas que se harmonizem com as crenças que compartilhamos.

O PFL não votará contra o país. Seguiremos atuando com independência, e o senso de responsabilidade continuará a ser a marca dominante da nossa prática política.

Brasília, 07 de março de 2002
Comissão Executiva Nacional
Jorge Bornhausen
Presidente"

dos vazamentos à imprensa, não houve a indispensável e pronta apuração dos abusos e ilegalidades por parte do Ministro da Justiça. Desejamos, como a governadora Roseana Sarney, a apuração completa e transparente de tudo.

Diante disso, concluímos que as razões políticas que sustentavam nossa aliança desapareceram, e que nossa presença no governo não mais se justifica.

Manifestamos nosso irrestrito e incondicional apoio à governadora Roseana Sarney e à sua candidatura à Presidência da República, que a cada momento mais se identifica com o sentimento popular.

À nação queremos reafirmar que continuaremos no Congresso Nacional a apoiar todas as medidas legislativas que se harmonizem com as crenças que compartilhamos.

O PFL não votará contra o país. Seguiremos atuando com independência, e o senso de responsabilidade continuará a ser a marca dominante da nossa prática política.

Brasília, 07 de março de 2002
Comissão Executiva Nacional
Jorge Bornhausen
Presidente"

 
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