O dólar à vista abriu praticamente estável nesta segunda, em alta de 0,05%, cotado a R$ 2,208 na compra e R$ 2,210 na venda. No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros operam em alta e o risco-país tem novo recorde de baixa, aos 321 pontos centesimais (queda de 4 pontos).

O destaque da manhã é a divulgação do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central junto a cem instituições financeiras. A curiosidade é especial hoje, já que na semana passada foi noticiada queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre do ano.

Como já era de se esperar, o mercado revisou para baixo a projeção de crescimento da economia e aumentou o prognóstico de inflação este ano. A previsão agora é de que o PIB crescerá 2,66% este ano, contra 3% da estimativa anterior. Para o ano que vem, a projeção ficou estável, em 3,5%. Para a inflação em 2005, o prognóstico é de alta de 5,63% (há uma semana a estimativa era de IPCA de 5,63%). A meta ajustada o BC para 2005 é de inflação de 5,1%. Já a estimativa para inflação em 2006, recuou de 4,55% para 4,51%.

O Banco Central deve continuar nesta semana a promover leilões de contratos de "swap" reverso e também de compra de dólares no mercado à vista. Ainda assim, os analistas acreditam que a tendência do dólar ainda é de baixa. Isso porque os juros continuam altos e atraem recursos externos ao país. Além disso, a balança comercial superavitária garante ingresso significativos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana para decidir a taxa Selic que vai vigorar até o início de 2006. Grande parte do mercado acredita que haverá um aumento no ritmo de corte de juros, para compensar a queda do PIB. O Banco Central nega mudança na condução da política monetária.

AGÊNCIA O GLOBO