Ainda sob o impacto do rebaixamento, o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, partiu para um discurso reformista e prometeu fazer uma grande reestruturação no departamento de futebol do clube, para a disputa da Série B. Os atuais integrantes do setor devem ser todos demitidos.

Mas, para cumprir a promessa, Gionédis terá que ser reeleito ao cargo. As eleições para a escolha do novo presidente do clube ocorrem nesta segunda, e ele enfrenta uma chapa de oposição, liderada pelo conselheiro Tico Fontoura.

– Se eu ficar, estão todos fora –  disse o dirigente, que reconheceu erros na condução da campanha do time em 2005. O principal deles, segundo ele, foi ter demorado para demitir o técnico Cuca, sob cujo comando o time perdeu cinco jogos seguidos.

– Devia ter mandado o Cuca embora, logo após a derrota (por 1 a 0) para o time B do Atlético-PR (no primeiro turno). Ali, começou a cair a nossa curva –  declarou.

O técnico Márcio Araújo preferiu não analisar os motivos da queda. Contratado para comandar o time nos últimos nove jogos do campeonato, o treinador não conseguiu salvar o clube da degola. Ele tentou tirar a culpa das costas de Gionédis:

– Acho que (a queda) não deva interferir nas eleições, no trabalho que ele (Gionédis) vem fazendo. Que não se cometa nenhuma injustiça com o presidente – analisou o treinador

Araújo e Gionédis foram os únicos que participaram da coletiva de imprensa, após a partida contra o Inter. Por decisão da diretoria, os jogadores foram preservados.

AGÊNCIA PLACAR