O mercado financeiro brasileiro exibe números bastante positivos nesta manhã de sexta tranqüila. Às 12h08min, o risco-país brasileiro recuava mais 2 pontos e marcava 326 pontos centesimais, renovando seu piso histórico. Com uma pausa nos leilões de "swap" do Banco Central, o dólar caía 1,08%, a R$ 2,194 na compra e R$ 2,196 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 0,84%, com inéditos 32.890 pontos.

A presença de investidores estrangeiros é fundamental para a apreciação dos ativos brasileiros. Eles estão por trás das compras de ações e títulos da dívida externa, e também das vendas de dólares. No cenário internacional, o destaque nesta manhã são os números de emprego dos Estados Unidos. Foram criadas em novembro 215 mil vagas, contra estimativa de 210 mil. A criação de empregos além do esperado mostra que a economia americana está aquecida, o que agrada a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos, como o Brasil.

Apesar da desaceleração da economia no terceiro trimestre, os investidores acreditam em uma recuperação promovida pelo governo, por meio do corte mais forte de juros. Mesmo com as negativas do BC, as projeções da taxa Selic operam em baixa significativa. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007 tem taxa de 16,61% ao ano, contra 16,66% do fechamento de quinta-feira. A taxa Selic é hoje de 18,50% ao ano.

Em encontro com empresários e investidores em São Paulo, hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não haverá mudanças na política econômica no ano que vem. A afirmação contraria especulações de que no ano de eleições, o governo adotaria um afrouxamento fiscal e monetário bem maior, como forma de ter resultados econômicos rápidos.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas são de Telesp Celular Participações PN (+6,37%) e Contax ON (+4,71%). As quedas mais significativas do índice são de Aracruz PNB (-1,48%) e Tim Participações ON (-1,23%).

AGÊNCIA O GLOBO