A recente aceleração nos índices de inflação levou o mercado a elevar, pela terceira semana seguida, as estimativas para 2005. Analistas revisaram para cima a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, indicador usado no sistema de metas do governo) de 5,52%, há uma semana, para 5,53%, nesta segunda, de acordo com pesquisa do Banco Central (BC) com cerca de cem instituições financeiras.

Em outubro, o índice ficou em 0,75%, atingindo 4,73% no acumulado do ano. O centro da meta ajustada do BC para o IPCA deste ano é de 5,1%. Os economistas dos bancos, porém, reduziram o prognóstico do IPCA do ano que vem, de 4,60% para 4,55%.

A projeção da taxa básica de juros (Selic) para o fim do ano foi mantida em 18%, pela 15ª semana seguida. Os analistas mantêm, portanto, as apostas em mais dois cortes de meio ponto percentual cada na taxa que serve de parâmetro para os juros, nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana e do mês que vem. Para o fim de 2006, a estimativa para a Selic caiu, de 15,75%, para 15,50%.