| 19/11/2005 00h02min
O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, acusou nesta sexta-feira o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o prefeito de São Paulo, José Serra, de golpismo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, o PSDB paulista deve apresentar o pedido de impeachment do presidente em janeiro, como ato de uma escalada de ações.
– Mas eles ainda vão tentar, eu acredito que em janeiro, uma proposta de impeachment. É teatral. Mas a possibilidade de impeachment é zero – afirmou o ministro, dizendo que o processo, que visaria o desgaste do governo, é coordenado pelos tucanos paulistas:
– Isso é responsabilidade desse baixo nível do PSDB de São Paulo, que está capitaneando essa estratégia mequetrefe, golpista – completou o ministro.
Para Ciro, o articulador da estratégia é FH:
– Eu acho que é o Fernando Henrique. Mas não está em marcha um golpe. É golpismo: um conjunto de atitudes, como bater no presidente, acusar sem provas, abandonar a acusação. É uma conduta cuja intenção é desgastar para preparar a derrubada eleitoral.
Segundo o ministro, que acusou também o prefeito José Serra, o PSDB vai melhorar com o novo presidente, Tasso Jereissati. Ele disse ainda que o governador paulista, Geraldo Alckmin, está "violentando sua natureza" ao começar a fazer parte do suposto esquema "golpista".
Ciro disse que Lula é o candidato favorito às eleições presidenciais, apesar da crise política. O ministro, que participava de um congresso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço político de Lula, fez uma defesa exaltada do presidente.
– Aquele tampinha, que não tem coragem nem com a mão suja de cocô de bater em ninguém, fala que quer bater no presidente da República porque ele está covardemente aí na televisão protegido por microfone parlamentar – afirmou, se referindo ao deputado federal ACM Neto (PFL-BA).
Sobre a tentativa do senador César Borges de tentar cassar o registro do PT, o ministro disse:
– O senador César Borges (PFL-BA) requereu do TSE a extinção do registro do PT. O senador merece nosso respeito como mandatário do povo brasileiro, mas vamos sentar o cacete nesse ato fascista, absurdo.
Sobre releição, Ciro Gomes disse que Lula seria seu candidato:
– O ano que vem o presidente não vai estar amarrado à liturgia do cargo. Estará autorizado porque é candidato. Mas hoje ele tem de ouvir um mequetrefe falar que vai bater nele, um anão moral, e não fazer comentário nenhum.
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