| 17/11/2005 00h45min
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), fez uma defesa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Mercadante afirmou que a ministra é uma parceira que ajudou a construir o atual governo e considerou positivo o fato de Dilma ter levantado o debate sobre o plano fiscal de longo prazo que está sendo elaborado pela equipe econômica.
O senador concordou com a posição de Dilma, que considera o superávit fiscal atual muito elevado (ele está em 6% do PIB, enquanto a meta do ano é de 4,25% do PIB), mas também disse que o plano fiscal é importante para o país.
– A ministra Dilma é uma parceira e o debate é democrático – disse Mercadante, cuidadoso, para não melindrar Palocci.
Já a senadora Ana Júlia Carepa (PT-AM) não poupou o Palocci das críticas, ao defender a ministra.
– Quero concordar com o que disse a ministra Dilma. Ela está defendendo o que muitos ministros acham – disse a senadora.
Os ataques da base aliada contra o ministro fizeram com que os parlamentares da oposição ressaltassem que Palocci estava sendo atacado pelo fogo amigo. Já o senador Jefferson Perez (PDT-AM), ao comentar as divergências entre Dilma e Palocci, aconselhou o ministro a deixar o cargo caso ele continuasse sendo bombardeado por críticas do próprio governo:
– Não pode haver firmeza na política econômica com um ministro cambaleante. Continue ministro, mas no próximo petardo, com silêncio presidencial, peça seu boné – disse Perez.
Além das discussões sobre plano fiscal, a audiência de Palocci foi marcada por pedidos de liberação de recursos para investimentos dos ministérios e também para Estados e municípios. O ministro destacou que as transferências para os governos estaduais e municipais terão um crescimento real de 12,3% em 2005. Ele também ressaltou que a Fazenda é responsável pela liberação de recursos, mas não pela execução de projetos dos demais ministérios.
– Não há administração da Fazenda diretamente sobre os programas dos ministérios. Não determinamos as escolhas que os ministérios possam ou não fazer – disse Palocci.
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