| 12/11/2005 00h15min
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, que deixará o posto para assumir a Gerência de Avaliação e Planejamento Estratégico do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, é uma figura-chave da equipe econômica do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
No cargo, Levy era o responsável por liberar os recursos previstos no Orçamento e tinha a missão de controlar o nível de endividamento do país para manter o interesse dos investidores pelos títulos públicos brasileiros. Ao ser informado de sua saída, o governador gaúcho Germano Rigotto salientou que a conduta de Levy à frente da secretaria teve alguns exageros, como no caso dos recursos reclamados pelos Estados como compensação da Lei Kandir, que somam R$ 900 milhões este ano.
O Ministério da Fazenda só se pronunciou sobre o convite do BID no início da noite. Assessores informaram que “o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, foi sondado pelo presidente do BID para ocupar o cargo, mas não tomou nenhuma decisão”. Não houve nota oficial a respeito. Levy está em viagem, a caminho de Tóquio.
Membro da equipe do ex-ministro Pedro Malan, Levy foi mantido por Lula e teve um papel importante nas negociações da extensão do programa econômico com o Fundo Monetário Internacional nos dois primeiros anos da administração petista. Ele foi o principal interlocutor da Fazenda com o FMI, o Banco Mundial e Tesouro americano até a nomeação de Luiz Pereira da Silva para a Secretaria de Assuntos Internacionais, no ano passado.
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