| 11/11/2005 13h48min
Na porteira da Cabanha São Bibiano, em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, o funcionário com uma bomba recheada de solução de iodo nas costas desinfectava as rodas dos veículos e pedia aos convidados de leilão realizado na propriedade que pisassem no pedilúvio molhado com o líquido. Mais atenção a uma solicitação da Secretaria de Agricultura do que medo de que a febre aftosa se infiltre na fazenda, explicou o empresário Antônio Martins Bastos Neto, dono da propriedade.
Para o pecuarista, a confirmação de que o foco paranaense não passou de boato traz alívio aos produtores gaúchos.
– Só espero que também liberem logo o trânsito – afirmou Neto.
Mas o sentimento de alívio não está sozinho nos campos gaúchos. Divide espaço com a indignação. É o que sente o veterinário José Castagna, da Brangus Brasil. A empresa tem mil touros de um ano para levar do Rio Grande do Sul para recria em São Paulo, mas não consegue fazer o transporte devido às
restrições ao trânsito impostas pela
aftosa. Com o nascimento de terneiros, os campos começam a ficar pequenos.
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