| 09/11/2005 18h36min
Em nota divulgada nesta quarta, a DNA Propaganda nega que tenha usado notas frias para comprovar serviços que não teriam sido prestados à Visanet, empresa da qual o Banco do Brasil tem participação superior a 30%. A nota diz que o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), divulgou informações equivocadas para tentar provar "sua tese impossível de que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza transferiu dinheiro público para o Partido dos Trabalhadores".
Segundo a DNA, as notas fiscais mencionadas pelo relator foram canceladas e, por falha no sistema de faturamento da empresa, somente não foi feita a anotação da expressão "cancelada" no corpo dos documentos e no livro de ISS.
– O relator declara que documento da Receita Federal atesta emissão de nota fria da DNA para a Visanet. A informação é inverídica. Não existem notas frias – diz a nota.
Ainda de acordo com a DNA, as notas não foram enviadas aos clientes e por isso não constam no livro-razão e no livro-diário da agência. A DNA diz que não houve pagamento e que, portanto, não houve nenhum prejuízo aos clientes ou aos cofres públicos. A empresa afirma ainda que, para provar a regularidade do procedimento, foram emitidas outras notas, substituindo as canceladas e que a Receita Federal tem todos os registros. A agência diz ainda que, no caso específico da Visanet, "a NF 33601, emitida e cancelada em 07/11/2003, foi substituída pela NF 33997, emitida em 11/11/2003".
A empresa lembra que, no documento encaminhado à CPI dos Correios, a Receita recomenda que, "considerando que as empresas mencionadas se encontram sob procedimento de fiscalização, faz-se necessário aguardar o desenvolvimento dos trabalhos junto às pessoas jurídicas". Diz ainda que, em documento enviado à CPI, o Banco do Brasil esclarece que está fazendo auditoria interna, ainda não concluída, pois a Visanet está aguardando "encontro de contas complementar" com a DNA.
– Em resumo, não tem credibilidade a afirmação de que houve transferência de dinheiro público para o PT ou o uso de notas fiscais frias pela DNA, com base em apurações em andamento na Receita Federal e no Banco do Brasil – conclui a nota.
AGÊNCIA O GLOBO
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