O Juventude entrou com o recurso contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que puniu o clube com a perda de mando de campo por dois jogos e multa de R$ 200 mil por manifestações racistas de alguns torcedores durante a partida contra o Inter, no dia 22 de outubro.

Com o recurso, o clube encaminhou também um pedido de efeito suspensivo para a punição. A análise e o parecer do STJD deve ser emitido até o final da tarde desta quarta, dia 9, conforme expectativa do departamento jurídico. A esperança é que o tribunal entenda que o caso julgado foi inédito e, portanto, passível de ser concedida uma suspensão à sentença até o julgamento do recurso.

– Normalmente, em casos normais, eles não vêm dando o efeito suspensivo. Porém, esse é um caso anormal e existe uma previsão legal no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que concede esse efeito quando existem danos irreparáveis, que são caracterizados por vários fatores. Um deles, em razão de o Juventude estar sendo taxado de racista por toda a mídia do país – destacou o diretor jurídico Rodrigo Segat.

No recurso, o Juventude também pede que o segundo jogo da punição não seja contra o Goiás, marcado para o dia 20, que faz parte da promoção da Nestlé (que leva torcedores ao estádio em troca de embalagens de café).