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Jader ataca responsáveis por sua detenção

Todos os acusados de envolvimento em fraude na Sudam já foram liberados

O ex-senador e ex-presidente do Senado Jader Barbalho aproveitou o domingo para acusar os responsáveis por sua detenção no sábado, dia 16. O político passou 17 horas preso por suspeita de envolvimento em fraudes na antiga Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Ao regressar de Palmas – onde ficou detido na carceragem da Polícia Federal – a Belém, às 2h30min deste domingo, dia 17, Jader foi recebido por políticos e manifestantes e repetiu o discurso que utilizava no período em que foi acusado de receber propina de grandes empresários para facilitar a liberação de verbas do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (Finam):

– Lamentavelmente, mais uma violência desde que fui eleito presidente do Senado. E desta vez, violência feita por setores do Poder Judiciário. O que a Justiça do Tocantins fez foi politicagem. Isto não passou de um circo montado para atingir minha imagem, pelo fato de as pesquisas do Pará registrarem que, se quiser ser governador, serei. Se quiser me candidatar ao Senado Federal, o povo vai me apoiar.

Além de Jader, mais 10 pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades na Sudam receberam ordem de prisão do juiz da 2ª Vara Federal de Tocantins, Alderico Rocha Santos, mas apenas cinco chegaram a ser detidas. Todas elas, assim como o ex-senador, foram liberadas por habeas corpus. O juiz Alderico Rocha Santos afirmou neste domingo, em nota, que o motivo principal das prisões do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e de outros 10 acusados foi a "magnitude da lesão provocada aos cofres públicos". Santos afirmou ainda que a decisão foi respaldada em duas outras resoluções do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo ele, nesses dois julgamentos, os ministros do STF e do STJ entenderam que o desvio de recurso público de "grande monta" é o suficiente para o decreto da prisão preventiva dos acusados.

Os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, e o presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, Fernando Tourinho Neto, criticaram a colocação de algemas no ex-senador durante o vôo de Belém a Palmas. O procedimento é considerado padrão pela PF no transporte aéreo de prisioneiros. Tourinho Neto, que concedeu as liminares suspendendo as prisões, afirmou que a exposição da imagem de Jader algemado pode representar "abuso de autoridade", porque essa medida só se justificaria se o ex-senador houvesse oferecido resistência à prisão ou fosse considerado agressivo.

O ex-senador está sendo investigado por suspeita de praticar crimes, como formação de quadrilha. O inquérito contra ele poderá evoluir para um processo e, posteriormente, para uma condenação. Se for condenado, ele ainda poderá recorrer em três instâncias: TRF, Superior Tribunal de Justiça e Supremo.

 
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