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 | 27/10/2005 10h41min

FAO pede regulamentação para embargo a aves de criação

Ações aumentam a vulnerabilidade dos mercados com risco de baixa nos preços

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) manifestou hoje sua preocupação com a proibição generalizada e de caráter "preventivo" da importação de aves de criação em diversos países, como resposta aos casos de gripe aviária, e pediu que a proibição seja "regulamentada".

"A proibição de importar aves de criação, que não distingue se procedem de um país infectado ou não, é contra os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC), as normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a recomendação da própria FAO”, informou o órgão em Roma, onde fica sua sede.

A FAO denunciou que, em alguns casos, a proibição inclui os frangos procedentes de qualquer país, sem distinção, inclusive aqueles que estão livres da gripe aviária e onde nunca houve um foco do H5N1, o vírus causador da doença.

Segundo o órgão das Nações Unidas, os governos que impõem proibições arbitrárias às importações de aves de criação de países livres da doença estão aumentando a vulnerabilidade dos mercados mundiais, diante do risco de uma queda dos preços.

Além disso, a FAO advertiu que as restrições comerciais para proteger a saúde humana e animal devem ser impostas apenas em relação ao risco existente, e serem suspensas de forma imediata quando já não forem necessárias.

A FAO também afirmou que a proibição de importar aves de criação de países livres da doença está gerando grande incerteza no mercado mundial de produtos de carnes, e há o risco do desabastecimento e aumento dos preços.

Segundo o órgão das Nações Unidas, o aparecimento de doenças que ultrapassam fronteiras, seguido pela imposição de restrições, teve impacto imediato no mercado mundial de carne no período 2004-2005, e os preços chegaram ao nível mais alto dos últimos dez anos.

O risco da gripe aviária causou um efeito diferente na Europa. Enquanto na Alemanha os hábitos apenas variaram, a FAO afirmou que, na Itália, o consumo de carne de frango caiu 40%.

A FAO lembrou aos consumidores que a gripe aviária não é uma doença de origem alimentar, e que o vírus morre após ser submetido à alta temperatura durante o processo normal de cozimento.

"Não há risco de contágio da gripe aviária devido ao consumo de carne de frango ou ovos devidamente cozidos", ressaltou.

AGÊNCIA EFE
 
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