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 | 26/10/2005 18h53min

Preço da carne bovina volta a subir em SP

Seis tipos estiveram entre os 25 itens que mais contribuíram para inflação

O preço da carne bovina continua subindo em São Paulo. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), houve aumento praticamente generalizado no preço da carne na terceira prévia de outubro. Seis tipos de carne estiveram entre os 25 itens que mais contribuíram para a inflação de 0,59% na quadrissemana. O preço do patinho subiu 7,20%, seguido por alcatra (6,95%), contra-filé (6,74%), coxão duro (6,18%), coxão mole (5,70%) e acém (3,82%). Juntos, esses itens contribuíram com 0,12 ponto percentual do índice geral.

Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), disse que com o aparecimento da febre aftosa, pode estar ocorrendo especulação em torno do preço. Para ele, é impossível saber o comportamento do preço nas próximas semanas, já que o mercado está bastante confuso sobre os efeitos da febre aftosa. Pelos seus cálculos, na ponta, para o consumidor, a elevação do preço da carne bovina chegou na terceira prévia do IPC a 8,4%, contra 7,8% na quadrissemana anterior. Na primeira prévia a arroba do boi apresentou alta de 4,6%.

Na segunda prévia, os cortes de carne subiram até 4,60% (caso do patinho). O preço do coxão mole teve alta de 4,35%, da alcatra 3,58%, do acém 3,02% e do contra-filé 4,24%. Picchetti disse, na ocasião, que era prematuro falar que o preço dos alimentos estava subindo depois do aparecimento da febre aftosa, mas confirmou que havia um aumento claro nos semi-elaborados, onde estão as carnes. A previsão, no entanto, já era de aumento no preço dos alimentos em outubro com o fim da safra e a tentativa dos pecuaristas de recompor os preços, que apresentavam uma queda atípica neste período do ano.

Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, o preço da carne vai cair no mercado interno brasileiro, já que a oferta deve aumentar com a redução das exportações depois do aparecimento de focos de febre aftosa. Segundo ele, o desabastecimento, se ocorrer, será apenas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que dois dias atrás fecharam as fronteiras para não receber carnes de outros Estados.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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