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 | 26/10/2005 18h02min

Dólar fecha em alta de 0,62% com cena externa e BC

Leilão promovido pelo Banco Central colaborou na elevação da moeda

A disparada dos juros dos títulos norte-americanos e uma compra de dólares do Banco Central levaram o dólar a fechar em alta de 0,62% nesta quarta, cotado a R$ 2,276 na compra e R$ 2,278 na venda. É o maior valor da moeda americana nos últimos 20 dias.

Especulações sobre inflação fizeram disparar os juros dos "treasuries" americanos, que por sua vez ajudaram a pressionar as taxas em um leilão de títulos americanos. Com isso, os papéis da dívida externa brasileira caíram por todo o dia, ajudando a pressionar o dólar.

Segundo operadores, o Banco Central sondou mesas de bancos pela manhã, o que acabou pressionando a cotação. Mas a autoridade monetária só promoveu leilão para compra de dólares à tarde, como tem acontecido nos últimos dias. O BC aceitou pagar até R$ 2,274 pelos recursos e atendeu 15 propostas dos bancos. A partir de então, a cotação acelerou o ritmo de alta.

Segundo Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO, a tendência do dólar ainda é de baixa, o que não ocorre devido à ação do BC.

– A tendência deve durar enquanto nossa taxa de juro real continuar permitindo arbitragens. A presença do BC, cujas reservas já estão chegando a montante confortável, inibe apreciação maior do real, mas não tem capacidade para promover a depreciação sustentada da moeda – afirmou.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade, com leve indicação de baixa. Entre as notícias mais importantes do dia esteve o resultado do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de outubro. A taxa se desacelerou, passando de 0,59% ao ano, contra 0,64% da prévia anterior.

Nesta quinta-feira o Banco Central vai divulgar a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada reduziu os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual, para 19% ao ano. O documento deverá detalhar os motivos da redução dos juros e poderá sinalizar os próximos passos da política monetária.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,55% ao ano, contra 18,58% do fechamento de terça-feira. O DI de abril teve a taxa reduzida de 18,05% para 18,04%. A taxa do DI de janeiro de 2007 recuou de 17,55% para 17,52% anuais.

Às 17h10min, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acelerava o ritmo de alta e subia 1,58%, aos 29.965 pontos.

AGÊNCIA O GLOBO

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