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Americanos admitem ataque errado que matou 15 afegãos

Os Estados Unidos admitiram nesta quarta-feira, dia 6, terem capturado de forma equivocada 27 afegãos, durante uma ofensiva de militares das forças especiais contra uma suposta base da rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, no último dia 23 de janeiro. Depois de reconhecer que não havia nenhum terrorista ou membro do Talibã entre os capturados, as forças americanas libertaram os prisioneiros. O erro foi admitido oficialmente pelo Pentágono.

Os 27 afegãos haviam sido capturados em uma operação realizada em Hazar Kadam, cerca de 100 quilômetros ao norte de Kandahar, quando foram registradas 18 mortes. Durante a ação um soldado americano foi ferido.

Após a admição do erro, os militares americanos entregaram os prisioneiros a uma autoridade do governo interino do Afeganistão, segundo confirmou Ralph Mills, porta-voz do Comando Central das forças armadas dos EUA. Oficiais americanos têm se recusado a dizer se forças dos EUA identificaram erroneamente os complexos alvejados. Mills afirmou que os homens que reagiram ao ataque dos militares americanos "não vestiam uniformes, carregavam armas e dispararam contra os soldados".

Moradores de Hazar Kadam afirmam que alguns dos mortos eram combatentes anti-Talibã leais a Hamid Karzai, o chefe do governo interino afegão, e que entre os presos estavam um chefe de polícia, seu vice e membros do conselho distrital. Os moradores classificaram o ataque americano como um trágico caso de identificação errada. Segundo eles, os homens teriam resgatado armas do Talibã e as estocado nos armazéns alvejados.

Em uma entrevista publicada nesta quarta pelo jornal The Washington Post, Karzai acusou as forças americanas de matar erroneamente pessoas inocentes em duas recentes operações no sul do Afeganistão. Uma delas é exatamente o ataque aos armazéns de Hazar Kadam. Para Karzai, o erro foi provocado por "um infeliz movimento de pessoas na hora errada".

O outro erro atribuído aos EUA é o bombardeio de veículos na cidade de Khost, em dezembro. Karzai disse que o comboio levava "idosos tribais" para sua cerimônia de posse na capital, Cabul, e não líderes talibãs como anunciou o governo americano. Na ocasião, 12 pessoas foram mortas. Karzai afirmou, sem citar fontes, que os EUA reconheceram seus erros e algumas vezes entregaram compensações financeiras. O Pentágono se negou a comentar as declarações de Karzai e reiterou que o comboio era um alvo legítimo.

 
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