O Paraguai ampliou hoje a área de controle da fronteira com o Brasil após a detecção de três novos focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul para quatro quilômetros da linha fronteiriça. O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) informou que a vigilância se estenderá 25 quilômetros adentro do departamento (Estado) paraguaio de Canindeyú, e não se limitará à linha fronteiriça como acontece até agora.

O primeiro foco de aftosa foi descoberto numa fazenda situada na localidade de Eldorado, a 45 quilômetros da fronteira com o Paraguai, mas um dos três casos confirmados ontem foi detectado num sítio situado a só quatro quilômetros da fronteira.

O Senacsa também determinou a suspensão do pastoreio em Canindeyú, que tem 700 mil cabeças de gado distribuídas em mais de 180 estâncias. O vice-ministro paraguaio da Pecuária, Gerardo Bogado, afirmou que a instrução do presidente do país, Nicanor Duarte, em seu retorno hoje de uma viagem pela Europa, foi clara: manter o estado sanitário do país livre de aftosa.

Bogado frisou que nenhum caso da doença foi detectado no lado paraguaio e que a vigilância na região de fronteiras se intensificará até que o Brasil informe que os focos foram isolados e controlados.