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 | 18/10/2005 02h07min

CE e ministros tentam superar divergências com OMC

BRUXELAS - Os ministros de Assuntos Exteriores tentarão superar hoje em Luxemburgo as divergências com a Comissão Européia (CE) por sua estratégia de negociação com a Organização Mundial do Comércio (OMC), criticada por França e outros 13 países. O Conselho de Assuntos Exteriores da UE realizará uma reunião extraordinária, promovida pela França, para tentar conseguir uma postura de consenso sobre a maneira como a CE deve negociar dentro das discussões da Rodada de Doha para liberalizar o comércio mundial.

A França quer chamar a atenção da CE para que não exceda o mandato outorgado pelos membros da UE. Da reunião de hoje, que também tratará a gripe aviária, participarão responsáveis de Comércio, Agricultura, Saúde e Exteriores dos países da UE, assim como o comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson e a comissária de Agricultura, Mariann Fischer Boel.

Países liderados pela França criticam cessões agrícolas

No total, 14 países liderados pela França pediram uma maior participação nas negociações da OMC e criticaram as cessões agrícolas de Bruxelas, a dois meses da reunião ministerial de Hong Kong, que será realizada de 13 a 18 de dezembro para dar um empurrão à Rodada de Doha. A França ameaçou ontem com a não aprovação das propostas agrícolas no Conselho da UE na OMC caso a Comissão exceda os limites de seu mandato e não apresente estudos sobre o impacto de suas propostas.

A Comissão propôs na semana passada reduzir 70% das ajudas agrícolas internas que distorcem o comércio, uma oferta mais ambiciosa que os 60% oferecidos pelos EUA e em acesso a mercados, Bruxelas propõe uma redução de tarifas multilateral que afeta produtos muito sensíveis. Nos setores de frango, açúcar, tomate, leite e carne bovina a Comissão excedeu os limites do mandato, segundo a França.

O Conselho de hoje é realizado às vésperas de uma nova reunião dos negociadores da OMC, em Genebra, amanhã, para tentar salvar a reunião de Hong Kong, já que não houve a aproximação suficiente com as últimas propostas da UE, EUA e os países do G-20 (economias em desenvolvimento, liderados pelo Brasil e pela Índia).


 
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