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 | 11/10/2005 19h25min

Rodrigues pede apoio de toda cadeia produtiva no combate à aftosa

Ministro falou sobre medidas tomadas para conter a doença

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, fez pronunciamento no início da noite desta terça, dia 11, em rede nacional de rádio, para anunciar as medidas tomadas para conter o foco de febre aftosa identificado em Eldorado - MS. Rodrigues informou que a origem da doença será investigada, e fez um apelo a todos envolvidos na produção de carne – pecuaristas, indústrias, municípios e Estados – para que a vigilância sobre a enfermidade seja permanente e os prazos de vacinação sejam cumpridos.

Confira a íntegra do pronunciamento.

Boa noite,

Fomos surpreendidos nesta semana com a ocorrência de um foco de aftosa no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul. Gostaria de prestar contas sobre as providências que estamos tomando em parceria com a Agência de Vigilância Sanitária daquele Estado para conter a doença.

A partir do momento em que foi diagnosticado a existência do foco de aftosa, todos os procedimentos de emergência recomendados para situações desta natureza foram rapidamente implementados. Amostras dos animais foram colhidas e enviadas para exame no Laboratório Nacional Agropecuário em Recife. Após a confirmação da doença em 153 cabeças a propriedade foi interditada e determinado o sacrifício de todos os seus 582 animais.

Foram ordenadas a inspeção de todas as fazendas localizadas em um raio de 25 quilômetros e a investigação epidemiológica para identificar a origem do foco. Foram também implantados postos de fiscalização, limitando o ingresso na propriedade somente aos funcionários que trabalham no caso. Foram ainda interditadas as propriedades nos municípios vizinhos, e a interdição vai se prolongar até que estejam concluídos os testes que vão avaliar a circulação do vírus da aftosa.

Como determinam as normas internacionais, tão logo foi confirmado o diagnóstico, enviamos um comunicado da ocorrência à Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris, e ao Centro Panamericano de Febre Aftosa. Foram também informados os países vizinhos e os países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmibo comercial.

Esse lamentável incidente mostra a importância de mantermos, todos, governo federal, estaduais, municipais, pecuaristas e indústrias, um permanente estado de vigilância sobre a saúde de nossos rebanhos. É importante esclarecer que a febre aftosa só ataca animais, não tendo a menor conseqüência para a saúde do ser humano.

Somos hoje o maior exportador de carne do mundo. Só nos últimos 12 meses exportamos mais de US$ 3 bilhões para 150 países. Todo esse extraordinário desempenho, no entanto, pode ser afetado pela ocorrência de um foco de aftosa.

O respeito aos consumidores brasileiros e estrangeiros cobra de todos os elos da cadeia da carne um controle de qualidade cada vez maior. Qualquer vacilo pode ameaçar os ganhos extraordinários que nossa carne vem obtendo em função do trabalho de nossos pecuaristas.

Ainda não é possível medir o impacto que esse foco terá sobre nossas exportações. Quanto tomam conhecimento de um episódio deste tipo os países compradores costumam impor medidas preventivas, como a suspensão das importações de produtos que possam transmitir a doença aos seus rebanhos. Alguns países importadores já tomaram esta providência. A maioria destas restrições, no entanto, é retirada ou flexibilizada posteriormente após os esclarecimentos necessários sobre a natureza e a extensão do surto.

Estamos empenhados para que nossas exportações de carne para estes países sejam normalizadas o mais rapidamente possível. O presidente Lula determinou que não faltem recursos para a defesa sanitária, mas ao mesmo tempo quer que sejam criadas penalidades para os responsáveis por eventos desta natureza.

Ainda não é possível apurar as resposabilidades pelo foco de Eldorado, mas assim que forem concluídas as investigações iremos dar total divulgação aos resultados.

Quero aproveitar este momento para fazer um apelo. Não basta o governo fazer a sua parte. É necessária a permanente vigilância de todos os agentes comprometidos com esta atividade. Ninguém pode deixar de fazer a vacinação no tempo certo, e novembro é o mês de vacinação na maioria dos Estados brasileiros. Contamos que todos façam a sua parte.

Boa noite, e muito obrigado.

 
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