Terminou pouco antes das 16h a acareação entre o deputado Sandro Mabel (GO), líder do PL na Câmara, e a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) no Conselho de Ética. A deputada acusa Sandro Mabel de ter lhe oferecido R$ 1 milhão e mais R$ 30 mil mensais para que ela deixasse o PSDB e se filiasse ao PL. O deputado nega a oferta. O sentimento dos conselheiros é de que a acareação foi frustrante e não ajudou a avançar nas investigações.

Para o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), tanto Mabel quanto Raquel alternaram bons momentos:

– A acareação é assim mesmo. Os dois falam o que querem e cada um convence num determinado momento.

Ao deixar a sala, Mabel avaliou que conseguiu provar que Raquel mentiu e que não houve oferta alguma de dinheiro.

– Ela nos usou. Como ela era candidata ao governo de Goiás, tentou se promover com esse fato, mas a peguei na mentira – acredita ele.

Raquel, por sua vez, declarou-se muito satisfeita. Ela disse que Mabel entrou várias vezes em contradição ao apresentar três versões diferentes para o convite para ela se filiar ao PL. A deputada disse ainda não acreditar que responderá a processo por quebra de decoro parlamentar caso Mabel seja absolvido.

– Estou aqui como testemunha, e não como acusadora. Caso Mabel venha a ser inocentado, será por falta de provas, não porque eu menti – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO