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 | 26/09/2005 12h26min

PP, PTB e PL costuram acordo para eleição na Câmara

Nono (PFL-AL) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP) tentam evitar aliança

A dois dias da eleição para a presidência da Câmara, PP, PTB e PL costuram um acordo que resulte num candidato único, formando uma terceira via na disputa. Juntos estes partidos somam 144 votos. Os candidatos da oposição, José Thomaz Nonô (PFL-AL), e do governo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tentam quebrar essa unidade conversando com os líderes. Também fazem corpo-a-corpo, falando individualmente com cada um dos parlamentares.

Nessa disputa, o presidente do PMDB, o deputado Michel Temer (SP) tentou ontem garantir o apoio dos três partidos em torno de sua candidatura. Temer – cujo apoio é desejado por Aldo e por Nonô – chegou a anunciar que participaria das conversas sobre a terceira via. No entanto, no fim do dia, isso já era praticamente descartado.

– A possibilidade de apoiar Temer é quase impossível. Ele colocou as coisas de uma forma que nos deixou perplexos: Vamos juntos, desde que seja eu – contou o candidato do PTB, Luiz Antônio Fleury Filho (SP).

O deputado Ciro Nogueira (PP-PI) confirmou as dificuldades para um entendimento com o PMDB. Segundo ele, o acordo está mesmo fechado entre PP, PL e PTB.

– Na terça-feira, vamos colocar as cartas na mesa e quem estiver melhor ganha o apoio dos outros dois – disse Ciro.

Aldo fez campanha por telefone e se mostrava confiante em ir para o segundo turno.

– Respeitamos os concorrentes, mas confiamos na vitória – disse Aldo.

– Em qualquer cálculo Aldo está no segundo – disse o líder do PT, Henrique Fontana (RS).

O ministro da Coordenação Política, Jaques Wagner, negou qualquer possibilidade de o governo retirar o apoio a Aldo. Na noite de sábado, Aldo e Wagner conversaram longamente e ontem também se falaram. As conversas com os deputados da base, no entanto, podem não prosperar. O candidato do PL, deputado João Caldas (AL), disse que Aldo pediu a união dos candidatos do governo.

– O problema, e eu disse isso a Aldo, é como o governo faz as coisas. Procura a gente para comunicar o fato e não para pedir ajuda na formulação do conceito – disse Caldas.

Entre alguns aliados do governo, a união de PP, PL e PTB em torno de um candidato único é considerada improvável. O líder do PP, José Janene (PR), por exemplo, descarta essa possibilidade. Ele afirmou que o PP busca uma candidatura de consenso que poderá ser a de Aldo ou qualquer outro governista, quem tiver mais chance.

– O caso de Roberto Jefferson foi um acontecimento, já passou. Na Câmara não jogamos com o passado; nos damos bem com PTB e com PL, somos partidos irmãos. Deveríamos afunilar, mas, se não for possível, isso acontecerá no segundo turno – afirmou Janene.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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