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 | 16/09/2005 13h54min

Itaú ganha mandato para atuar na captação externa em reais

Governo pretende reduzir exposição ao risco cambial com a operação

O Tesouro Nacional anunciou hoje que concedeu mandato ao banco Itaú para atuar como co-manager na emissão de títulos denominados em reais que o governo federal ensaia no mercado internacional. Se for concluída, será a primeira captação em moeda nacional feita pelo Tesouro. A exemplo de quinta-feira – quando anunciou que os coordenadores da captação global serão os bancos JP Morgan e Goldman Sachs – o Tesouro ainda se refere à operação como "possível emissão".

A idéia do governo em entrar neste mercado – para o qual a autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN) saiu no fim do ano passado – é melhorar seu perfil de pagamentos futuros e reduzir sua exposição ao risco cambial. Isso porque, neste tipo de operação, o risco de uma desvalorização cambial passa a ser dos investidores estrangeiros, que teriam menos moeda estrageira a receber no vencimento do título. Com um papel emitido em dólares, o governo e as empresas privadas têm um custo maior quando ocorre uma alta do moeda americana.

A primeira captação externa em reais aconteceu em novembro de 2004 com o Banco Votorantim. Foi uma emissão de R$ 50 milhões com prazo de 18 meses, tendo uma taxa de juros de 18,3% ao ano. A referência de juros nestas operações é a taxa básica interna, hoje em 19,5% ao ano, e o custo do Tesouro Nacional no mercado interno com títulos prefixados. Em dezembro passado, o Banco do Brasil obteve R$ 200 milhões por três anos com taxa de 17,25% ao ano. Também já captaram em reais no Exterior o Bradesco, Unibanco e ABN Amro Real.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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