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 | 12/09/2005 07h29min

Lula faz visita à Guatemala e irá à cúpula da ONU nos EUA

Presidente enfrenta abalo no prestígio externo por denúncias de corrupção

Com o prestígio externo de seu governo ofuscado por denúncias de corrupção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará esta semana da Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU). Antes, o presidente desembarca hoje na Guatemala, iniciando uma agenda de quatro dias no Exterior, na qual poderá retomar temas de sua política externa ofuscados nos últimos meses pela crise, como o combate à fome e a missão de estabilização do Haiti.

O encontro foi planejado como um grandioso conclave com governantes de 170 dos 191 países membros da ONU. Eles lançariam um ambicioso programa de reformas da organização – entre as quais do Conselho de Segurança.

Já os chefes de governo das nações mais ricas reiterariam o compromisso com as metas de redução da pobreza. Entretanto, a cúpula comemorativa dos 60 anos das Nações Unidas pode terminar num colossal desastre diplomático.

– Há um enorme risco de fracasso – disse Nicola Reindorp, representante da organização não governamental inglesa Oxfam da ONU, ecoando advertências feitas nos últimos dias por diplomatas de vários países.

Entre os temas que, sabe-se de antemão, não decolarão na cúpula está a reforma do Conselho de Segurança, que foi prioridade absoluta da política externa petista nos últimos dois anos e oito meses. A China e os Estados Unidos vetaram o assunto e as nações em desenvolvimento, que simpatizam com a idéia, não chegaram a um acordo.

Neste ano, além ir aos EUA, quarta e quinta-feira, Lula ainda deve passar por Portugal, Espanha, Itália e vizinhos sul-americanos. Na Cidade da Guatemala, hoje e amanhã, a crise haitiana será enfocada nos encontros com os colegas da América Central. A violência no Haiti tende a recrudescer nas próximas semanas por conta da aproximação das eleições presidenciais de 20 de novembro. O Brasil lidera missão de paz da ONU no país desde junho de 2004.

A visita à Guatemala, a convite do presidente Oscar Berger, terá acentuado conteúdo comercial. O Brasil pretende aumentar o investimento em oito países da América Central.

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