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 | 10/09/2005 09h17min

Filho de Maluf se entrega à Polícia Federal

Flávio chegou à sede da PF algemado e escoltado por vários agentes

O filho do político Paulo Maluf, Flávio Maluf, que também teve a prisão preventiva decretada, entregou-se à Polícia Federal nesta manhã em São Paulo. Ele chegou à PF algemado e escoltado por vários agentes. Flávio estava em uma fazenda no município de Dourado, interior paulista. Assim como o pai, detido nesta madrugada, ele não concedeu entrevista ao chegar à sede da PF. O primogênito de Maluf foi detido em um heliponto no Morumbi e conduzido até a Superintendência da Polícia Federal. 

O ex-prefeito de São Paulo foi preso à 0h20min. Ele se apresentou à PF abatido. Por volta das 2h da madrugada, Maluf deixou a sede da Polícia Federal para fazer exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Maluf retornou à PF perto das 2h50min, segundo a Globo News. O político está em uma cela sem janelas de 2,5 metros x 2,5 metros, localizada no quarto andar do prédio.

A juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou ontem as denúncias do Ministério Público contra o ex-prefeito de São Paulo e seu filho. À noite, ela decretou a prisão preventiva da dupla por tentar coagir uma testemunha e dificultar as investigações sobre suposta remessa ilegal ao Exterior.

Junto com o doleiro Vivaldo Alves e o ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão de Oliveira, Maluf e o filho passam a ser réus de crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.

De acordo com o Ministério Público Federal, escutas telefônicas revelam que o ex-prefeito e Flávio Maluf tentaram impedir o depoimento do doleiro. Conhecido por Birigüi, o doleiro, apontado como operador do dinheiro dos Maluf no Exterior, disse ter movimentado pelo menos US$ 161 milhões (R$ 371,9 milhões) por meio da conta Chanani, do Safra National Bank de Nova York (EUA). Birigüi afirmou que todo o dinheiro era de Maluf e de seu filho. Segundo Oliveira, o dinheiro que abasteceu contas dos Maluf no Exterior foi desviado de obras públicas durante a gestão dele na prefeitura de São Paulo (1993-1996).

 
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