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 | 07/09/2005 08h48min

Prefeitura de Nova Orleans determina evacuação à força

EUA vivem primeiro grande deslocamento interno do século

A prefeitura de Nova Orleans determinou a evacuação à força da cidade, uma das mais atingidas pelo furacão Katrina. Soldados da Guarda Nacional devem obrigar as pessoas a sair de casa. Muitos moradores da cidade têm preferido permanecer, apesar da insistência dos soldados. Segundo a prefeitura, existe o risco de epidemias em Nova Orleans, que permanece com 80 por cento de sua área alagada. Cinco pessoas já teriam morrido de cólera.

Pobres, famintos e em sua maioria negros, milhares de desabrigados pelo furacão Katrina tratam de refazer suas vidas em outras cidades nos Estados Unidos, que vive o primeiro grande deslocamento interno no século XXI. Segundo o Escritório do Censo, entre as cidades mais castigadas pelo devastador Katrina estão Nova Orleans e Baton Rouge, na Louisiana, e Gulfport, Biloxi e Pascagoula, no Mississippi.

Só essas cidades, em seu conjunto, contavam com 834.205 habitantes em julho de 2004, mas as autoridades ainda não sabem o número total de deslocados. O Texas liderou os esforços para abrigar, alimentar, escolarizar e cuidar dos deslocados.

– O deslocamento afeta não só as vítimas, que têm que se acostumar a um novo lugar, mas também as comunidades que as recebem. O impacto é maior nas pequenas cidades que não têm a infra-estrutura adequada – explicou Karen Walsh, diretora de Desenvolvimento do Comitê dos EUA para Refugiados e Imigrantes (Uscri, na sigla em inglês).

O Uscri conta com uma rede nacional de 375 organizações comunitárias que, junto com as autoridades estatais, administram soluções a curto, médio e longo prazo para os deslocados. Milhares de desabrigados foram, em seu estado de indigência, inclusive até Washington, a capital dos EUA, a pouco mais de 1.600 quilômetros do que sobrou de Nova Orleans.

Para ajudar os deslocados, o Departamento de Segurança Nacional (DHS) decidiu na terça que não os empregadores que contratarem pessoas que não possam provar sua identidade ou status migratório não serão punidos. O DHS disse em comunicado que avaliará o levantamento destas restrições após um período de 45 dias.

RÁDIO GAÚCHA E AGÊNCIA EFE
 
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