A Shell quer recuperar a participação no mercado de distribuição de combustíveis brasileiro perdida nos últimos nove anos. Segundo o presidente da empresa no país, Vasco Dias, em 1997, a companhia tinha 18% do mercado e atualmente detém cerca de 15%.

Segundo Dias, o principal motivo da redução da participação foi a venda da sua rede de distribuição no Mato Grosso para a italiana Agip (que por sua vez a revendeu para a BR Distribuidora neste ano), em 2000, além dos problemas de irregularidades no mercado, como a chamada "indústria das liminares" (decisões judiciais usadas por algumas distribuidoras para sonegar impostos no setor) e a adulteração de combustíveis.

– Agora que o mercado está melhor, existe uma clara intenção de aumentar a participação de mercado da Shell na distribuição de combustíveis – afirmou Dias, ressaltando a redução da concessão de liminares e das irregularidades no mercado.

O executivo disse, no entanto, que não há metas numéricas de cresciemtno da participação no mercado. Apesar da intenção, a perspectiva de longo prazo é que os investimentos em exploração e produção de petróleo da empresa no Brasil ganhem cada vez maior participação nos aportes totais da empresa.

Dias explicou que isso ocorre porque os investimentos em exploração e produção são mais vultosos. Neste ano, do total de US$ 200 milhões aplicados no país, US$ 80 milhões foram destinados à distribuição de combustíveis.

AGÊNCIA O GLOBO