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 | 26/08/2005 19h37min

Murilo Portugal descarta possibilidade de substituir Palocci

Secretário do Ministério da Fazenda disse que a economia tem fundamentos sólidos

O Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, afirmou hoje que não aceitaria um eventual convite para substituir o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na pasta. O nome de Portugal vem sendo citado pelo mercado como o principal substituto do ministro caso haja a comprovação do esquema de cobrança de propinas na prefeitura de Ribeirão Preto durante sua gestão.

Portugal, que faz o discurso de encerramento no 2º Congresso Mundial de Derivativos e Mercado Financeiro, promovido pela BM&F, disse também não ter ouvido rumores nesta sexta-feira sobre a possibilidade de revistas semanais trazerem novas denúncias contra Palocci. O comentário foi feito por operadores da Bolsa de Valores de São Paulo ao justificar a queda de 1,12% do Ibovespa.

– Eu não sei. A bolsa realmente caiu um pouco e o dólar se apreciou, mas não acho que há estresse grande. Isso é normal – avaliou.

O secretário do Ministério da Fazenda disse ainda que a economia brasileira tem fundamentos sólidos e que, embora a crise tenha causado mais volatilidade nos mercados, não provocou o impacto sentido em episódios anteriores. Além disso, ele negou qualquer meta informal de superávit primário, acima do nível oficial de 4,25%. Segundo Portugal, o resultado de uma economia maior tem sido "uma ocorrência normal também em anos anteriores".

Antes de iniciar o encerramento do Congresso, Portugal comentou ainda a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso nesta quarta-feira. O projeto prevê a adoção de superávits anticíclicos. Ou seja, quando a economia tiver uma expansão maior, o esforço fiscal aumenta. Se a economia tiver uma aceleração menor, a meta cai, mas apenas se o país registrar a redução de sua dívida durante dois anos consecutivos.

Esse orçamento estava sendo contestado pelo Ministério da Fazenda, que espera que o presidente Lula vete a exigência. Portugal, no entanto, se esquivou de comentar o assunto:

– Nós não estamos ainda examinando isso.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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