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 | 19/08/2005 16h29min

Nível de emprego cai em Santa Catarina

Para Fiesc, situação já reflete política recessiva do governo

O nível de emprego na indústria catarinense fechou julho com queda de 0,49%, informou hoje a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Foram fechados 1.035 postos de trabalho no período nas 358 indústrias pesquisadas.

A queda é confirmada pela pesquisa Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada pelo Ministério do Trabalho, segundo a qual a indústria de transformação catarinense registrou em julho queda de 0,14% no volume de postos de trabalho.

Outras atividades relacionadas à produção também tiveram recuo: os serviços industriais de utilidade pública registraram recessão de 1% e o setor agropecuário teve retração de 0,40%.

Para a Fiesc, a situação já é reflexo da política econômica recessiva que está sendo adotada pelo governo. As empresas, que até agora vinham conseguindo manter mercados e exportações reduzindo suas margens e comprometendo seu desempenho financeiro, mas mantendo os empregos, chegaram ao limite e estão começando a demitir, um movimento contrário ao que ocorre, por exemplo, no setor público.

Em 2005, segundo o Caged, o emprego na indústria catarinense já cresceu 3,17%. No mesmo período, a administração pública foi o setor que mais contratou, com aumento de 25,99% nas vagas. Em segundo lugar vem a indústria extrativa mineral, com 8,93%, e a construção civil, com 7,44%. O comércio teve evolução de 2,79% e os serviços, de 3,23%.

O setor agropecuário foi o único que registra, este ano, índice negativo (diminuição de postos de trabalho), de – 6,12%.

Ainda segundo a Fiesc, em julho houve queda em 12 dos 19 setores industriais pesquisados. O resultado foi puxado pelo fraco desempenho do setor de alimentos, com 557 vagas a menos em julho. As principais influências vêm da pesca, que sozinha foi responsável por menos 114 vagas, e do encerramento das atividades da empresa Coimpar, de Sombrio (140 postos fechados) e da refinadora de açúcar Cosan, de Ilhota (menos 228 vagas).

O segmento Mecânico também registrou queda, com menos 391 empregos, em virtude da baixa demanda ocorrida no mês. Mobiliário demitiu 295 funcionários e o setor Metalúrgico, 220. Entre os setores com resultados positivos, destaque para o de minerais não metálicos: foram criadas 154 vagas nas cerâmicas e 166 vagas nas indústrias carboníferas.

Apesar do resultado de julho, o pior de 2005 até agora, o saldo do ano ainda permanece positivo. As indústrias catarinenses acumulam nos sete primeiros meses um aumento de quadro de 1,29%, significando mais 2.679 postos de trabalho entre as empresas da amostra.

Curiosamente, o setor de alimentos, que teve o pior desempenho de julho, é o que mais contribui para o resultado positivo de 2005, com 1.322 novas vagas. Material de transporte criou 808 postos, Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos, 597 e Minerais não Metálicos, 554.

Em relação ao mesmo período de 2004, houve crescimento de 5,51%, significando mais 10.613 vagas entre as empresas pesquisadas. Ainda segundo a pesquisa mensal da Fiesc, houve aumento da criação de postos de trabalho na indústria catarinense nos últimos 12 meses.

O índice teve crescimento de 3,72%, representando 7.555 trabalhadores contratados nas empresas consultadas pela Federação. Os melhores resultados ocorreram nos segmentos alimentar, material de transporte e produtos de minerais não-metálicos, destacando-se as cerâmicas e carboníferas.

 
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