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 | 10/08/2005 22h11min

Mulher denuncia uso de crianças no tráfico de armas

Meninos seriam utilizados como mulas na fronteira de Brasil e Argentina

Uma mulher do Rio Grande do Sul, cujo nome não foi divulgado, denunciou a utilização de crianças no comércio ilegal de armas na fronteira entre o Brasil e a Argentina em depoimento prestado nesta quarta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas.

De acordo com a testemunha, crianças são usadas como "mulas" para transportar armas das cidades argentinas para as brasileiras.

– Ela diz que meninos de 12 ou 13 anos circulam livremente com armas na fronteira. Isso nos preocupa muito –, afirmou o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE).

– Outro fato grave que ela citou é a possível participação de alguns membros da Forças Armadas e da Polícia que estariam vinculados ao tráfico de armas. Não disse o nome, mas o setor em que eles trabalham –, acrescentou Torgan.

A mulher que depôs nesta quarta está presa por intermediar compra ilegal de armas para uma das maiores quadrilhas de roubo a bancos e carros-fortes da Região Sul. Ela teria sido convencida a entrar no esquema em troca da contratação de um advogado para defender o filho, preso por assalto.

– Foi um depoimento importante para nos mostrar a facilidade com que esse tráfico é feito na região de fronteira com Argentina. Tínhamos o Paraguai como grande fornecedor. Agora sabemos que a Argentina é um corredor incrível para tráfico de armas de alto calibre, inclusive artilharia antiaérea – contou o presidente da CPI.

Ele informou que pedirá explicações ao governo argentino nos próximos dias.

Na próxima quarta, a CPI ouvirá o ex-policial Marco Túlio Prata, o Pratinha. Na casa dele, a polícia mineira encontrou 17 armas de calibres diversos, uma carabina, uma pistola semi-automática, munição, 10 granadas, silenciadores e bombas de fabricação caseira. Os policiais chegaram até Pratinha quando buscavam documentos da DNA Propaganda – uma das empresas de Marcos Valério de Souza, apontado como operador do suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares, investigado em Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMIs). Marco Túlio é irmão do contador da empresa, Marco Aurélio Prata.

As informações são da Agência Brasil.

 
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