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 | 02/08/2005 07h29min

Oposição tenta apertar o cerco ao presidente

Parlamentares devem apresentar requerimentos contra o Palácio do Planalto

Depois de dois meses de investigações na CPI dos Correios, a oposição tenta emparedar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de hoje, parlamentares começam a apresentar requerimentos com o objetivo de apertar o cerco contra o Palácio do Planalto.

Gilberto Carvalho, chefe de gabinete e homem de confiança de Lula, deve ser chamado a depor na CPI. Também será pedida a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas de Duda Mendonça, marqueteiro responsável pela campanha de Lula e que mantém ligações com o PT e o governo até hoje. A oposição quer ainda explicações sobre um empréstimo do PT a Lula registrado em 2003.

A desconfiança com relação a Mendonça começou a criar corpo com a revelação de que uma de suas sócias aparece, nos documentos analisados pela comissão, como sacadora de R$ 250 mil de uma conta da SMP&B. Os parlamentares apostam que podem ir adiante nessa relação, na tentativa de descobrir se houve outros depósitos e suas origens.

O requerimento para a convocação de Carvalho deve ser apresentado ainda neste mês. Também faz parte também da munição contra o governo a convocação do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e de Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação).

– Se todo esse esquema foi tão generoso com Marcos Valério, um empresário da área de publicidade até então obscuro, será que com Duda Mendonça não foi maior? É isso que queremos saber, e ainda a relação dele com o centro do poder – diz o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS).

Nesta esteira, Onyx pede, ainda hoje, a quebra do sigilo bancário de uma conta específica do PT no Banco do Brasil. A operação diz respeito a um empréstimo de R$ 29 mil da conta 13000-1 do BB para Lula. O documento, em poder da CPI, tem origem no balanço contábil do PT de 2003 e mostra que o empréstimo foi pago via transferências bancárias. O deputado quer saber detalhes da origem dos pagamentos da dívida de Lula com o PT.

– Quando se quebra o código de silêncio é que conseguimos avançar – reforça o subrelator da CPI, Gustavo Fruet (PMDB-PR).

CAROLINA BAHIA/AGÊNCIA RBS
 
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