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 | 28/07/2005 13h38min

CNA diz que crise na agropecuária reduz geração de empregos

Queda no número de vagas não atinge apenas o campo

A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) divulgou nota em que afirma que a crise do agronegócio está prejudicando a capacidade do país de gerar empregos não apenas dentro dos limites da atividade primária da agropecuária, mas também em outros setores.

Conforme a CNA, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que entre janeiro e junho deste ano o Brasil apresentou um saldo de 966.303 empregos formais, 7,1% a menos que o saldo de igual período do ano passado, que foi de 1.034.656 empregos formais. 

De acordo com o assessor técnico do Departamento Econômico da CNA, Luciano Marcos de Carvalho, a redução na geração de empregos pode ser atribuída principalmente à queda de capacidade da agropecuária de criar novos postos de trabalho, assim como ocorreu em segmentos da indústria de transformação vinculados ao setor rural. 

Sozinha a atividade agropecuária apresentou saldo de 187.494 empregos no primeiro semestre, o pior resultado registrado nos últimos quatro anos. O saldo deste ano é 15,4% menor que o de 216.430 empregos no primeiro semestre de 2004, ou seja, representa menos 29 mil empregos. Também a indústria de transformação perdeu fôlego na capacidade de gerar postos de trabalho, encerrando os seis primeiros meses deste ano com saldo de 194.039 empregos – 68,2% a menos que o saldo de 326.360 empregos ao final do primeiro semestre do ano passado.

Dois segmentos da indústria de transformação diretamente ligados à agropecuária terminaram os primeiros seis meses de 2005 oferecendo menos oportunidades de trabalho que no início do ano. A indústria de calçados teve saldo negativo, com menos 806 postos de trabalho. A indústria de madeira e mobiliário cortou 3.248 empregos. Também perderam força na geração de vagas os segmentos da indústria de papel e papelão; de borracha, fumo e couros, têxtil e vestuário e de produção de alimentos e bebidas.

– Os dados referentes aos empregos do agronegócio demonstram a profundidade da crise do setor. Se somarmos isso à queda da renda do produtor, a preços de venda das commodities abaixo do custo de produção, o resultado será uma próxima safra com baixíssima tecnologia e altos riscos, inclusive podendo levar à necessidade de importação de alimentos – diz Carvalho.

Para reverter essa perspectiva negativa a CNA sugere que as medidas de apoio à agropecuária prometidas pelo governo ao setor rural sejam implementadas com urgência.

As informações são da CNA.


 
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