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 | 17/07/2005 19h17min

Deputados federais catarinenses negam receber mensalão

Ivan Ranzolin e Leodegar Tiscoski reagiram à denúncia com indignação

Os deputados federais catarinense Ivan Ranzolin e Leodegar Tiscoski, ambos do PP, reagiram com surpresa e indignação à acusação de que seus nomes constam de uma lista de 18 parlamentares progressista que seriam beneficiários do suposto esquema do mensalão.

O documento, conforme matéria publicada na edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo, teria sido entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios por um ex-funcionário do partido, que até hoje não havia tido a identidade revelada.

De acordo com Ranzolin, ele e Tiscoski fazem parte de um grupo de deputados do PP que, ao contrário da maioria dos colegas de bancada, não compõe a chamada "base aliada" do governo Lula.

Por essa razão, afirma o progressista, é "um absurdo" que seja acusado de receber dinheiro para defender na Câmara os interesses do Planalto.

– Você acha que vão pagar mensalão para quem vota contra o governo? – questionou Ranzolin, que já foi destituído de duas comissões por não atender a diretriz partidária de votar com os governistas.

– A nossa indignação é de aparecer numa lista dessas de uma forma sem qualquer fundamento e contrariando a nossa postura. Como nós poderíamos estar recebendo o tal do mensalão se estamos votando contra o governo – acrescentou Tiscoski, que publicamente defende a saída do presidente da sigla, Pedro Corrêa.

Os dois progressistas, que se reuniram em Florianópolis neste domingo para definir as medidas que tomarão contra o que classificam de "maldade", võa procurar o presidente e o relator da CPI na terça-feira.

O objetivo deles é identificar o autor da denúncia e descobrir quem foi o responsável pelo vazamento para a imprensa da suposta lista. Os deputados, que garantem que vão processar o(s) responsável(is) pela acusação, também devem questionar o motivo pelo qual não foram informados sobre a suposta lista pela CPI.

Tiscoski, que ficou sabendo do envolvimento do seu nome no escândalo neste domingo, não descarta que tenha sido vítima de represália. Conforme o deputado, até maio, quando ocupava o posto de secretário-geral do PP, havia afastado "uns quatro ou cinco" funcionários do partido.

JOÃO CAVALLAZZI / DC

 
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