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 | 14/07/2005 16h32min

CNI reduz previsão de crescimento do PIB para 3,2%

Confederação aumentou expectativas de exportações no segundo semestre

A longa continuidade da trajetória de alta da taxa de juros levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a rever para baixo sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para 3,2% neste ano. As expectativas para a expansão da indústria também foram reduzidas. O PIB industrial, formado pelo desempenho das indústrias de transformação, extrativa, construção civil e serviços industriais, deverá crescer 4,2%, percentual menor que os 4,8% previstos anteriormente.

Para a indústria de transformação, a projeção de crescimento caiu de  4,8% para 3,8%. Em contrapartida, a CNI aumentou a previsão de exportações, de US$ 108 bilhões na projeção de maio para R$ 114 bilhões, enquanto as importações devem se manter em US$ 76 bilhões, com saldo de US$ 38 bilhões.

– As exportações, assim como aconteceu em 2003 e 2004, serão o grande mentor do crescimento – disse o economista Flávio Castelo Branco, coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI.

Apesar da revisão do PIB, os economistas da CNI acreditam que o segundo semestre será melhor do que o primeiro. Para eles, o ciclo de alta dos juros já foi interompido no mês passado, com a manutenção da Selic, devido ao arrefecimento da inflação.

– Para o próximo semestre, espera-se a retomada da queda dos juros e o aprofundamento do esforço fiscal (superávit primário) em relação à meta anual de 4,25% do PIB – disse o economista Paulo Mol, também da CNI.

Paulo Mol disse ainda que é perigoso o consenso que se formou de que a balança comercial não está sendo afetada pelo câmbio. Segundo ele, o resultado das exportações se deve a investimentos já realizados no passado.

– Se o real forte ajuda no controle da inflação, sua continuidade enseja preocupações quanto à rentabilidade das vendas externas – afirmou.

A CNI também reduziu sua projeção para formação bruta de capital fixo de 8,5% para 4%. Este crescimento menos robusto, de acordo com a CNI, deve-se aos juros altos.

Com informações da Agência O Globo e da CNI.

 
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